Victor Fidelis

Victor Fidelis

n.São Paulo, BR (1994)

Victor Henrique Fidelis é um artista plástico de São Paulo, Brasil. Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo, artista autodidata, vem desenvolvendo sua linguagem artística desde seus 15 anos, passando por técnicas de desenho como grafite, lápis de cor, caneta esferográfica e hidrográfica e, mais recente, tinta acrílica, atualmente sua técnica principal.

Seus trabalhos tratam de questões que interceptam os corpos racializados brasileiros, chegando em temas como: o desconforto da necessidade de se encontrar dentro de comportamentos pré estabelecidos; a procura pela consciência de imagem por pessoas pretas; a pluralidade e potencialidade que o negro brasileiro possui; a memória de relações interraciais e como estar próximo de narrativas de sua identidade pode curar todo esse processo.

por Victor Fidelis

“Me chamo Victor Henrique Fidelis, sou um artista plástico de São Paulo, Brasil, graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo. Autodidata, desenvolvo minha linguagem artística desde os 15 anos de idade, transitando por técnicas de desenho como grafite, lápis de  cor, canetas esferográfica e hidrográfica e, mais recentemente, tinta acrílica, atualmente minha técnica principal. O contato com as artes plásticas, sobretudo as bidimensionais (pintura, desenho, gravura) se deu meu ambiente familiar, sendo introduzido a artistas como Di Cavalvanti, Tarsila do Amaral e Portinari logo em minha primeira infância, por minha tia e mãe, formadas em Artes. Soma-se a esses pintores uma gama de grafiteiros. Tal pesquisa imagética recentemente se tornou em uma tese final de graduação que se debruça em localizar a minha própria produção comas demais contribuições à Arte Afro Brasileira, encontrando paralelos temáticos comuns. Exploro as questões que interceptam os corpos racionalizados brasileiros, dos desconfortos das relações raciais na sociedade a suas consequências, da busca por si, por autoestima e consciência de imagem que é comum a pessoas pretas, da pluralidades e potencialidades do negro brasileiro, me utilizando das memória de relações interraciais, dos encontros e desencontro como curativo de todo esse processo. É a partir de auto retratos deformados, do uso de meu próprio rosto, minhas próprias formas sob diferentes proporções, que exercito as multiplicidades possíveis a nós. Retratar corpos pretos é um exercício de autoconhecimento em meu trabalho. Os rostos e formas desenhadas por mim vêm de minhas referências mais próximas, da memória dos corpos que me cercam, que em muito são as minhas formas também. Entender o quê nos faz grupo, a variedade dentre tais formas, as texturas, cores, particularidades e traços comuns é refletir quais narrativas foram impostas a nós, para então criarmos novos lugares.”

Lista completa disponível no CV